segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Uma cidade chamada Inès


 Volto à nostalgia para situar um ponto no Índico: Moçambique!

Foi naquele país encantado por deuses de múltiplas facetas estéticas que me descobri como homem; cresci e quase completava determinado ciclo da minha existência quando valores mais altos se levantaram e retornei, em boa companhia, à casa onde nasci neste ponto da Europa, longe do Atlântico que leva saudades à Baía do Espírito Santo em barquinhos de papel.
Em tempos nunca esquecidos, a "minha cidade"  teve nome de navegador: Lourenço Marques!
Fosse eu Pedro na lenda da Quinta das Lágrimas e teria chamado à minha cidade, Inês!

* Na falta de ondas e marés, sem correntes de feição, recorro à ciência deste tempo para estar mais perto da minha gente, e ouço os sons que chegam do outro lado do mundo, aqui mesmo - basta um "click" !
No serão da última noite, tive companhia de elevado grau e qualidade - do locutor de serviço ao homem da técnica, de Villaret a Manuel Alegre, de Pedro Abrunhosa à "ELisa Gomara Saia", interpretado por voz genuína, sem trejeitos.
...E o telefone mesmo aqui, à mão!
Num impulso, marco um número. Espero dois, três segundos:
- Bom dia, fala da Rádio Moçambique.
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Eram quatro da madrugada na "minha terra"...
*
Publicado em dezembro de 2005 no blogue  "ritualidades" - https://ritualmente.blogspot.com/2005/

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