quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

- Uma flor é uma "coisa"? E um miau?

... até pode ser um "abuso", mas estas duas "crianças" não deixam de me surpreender . Subir a uma oliveira, das altas? Subir e descer pela latada dos kivis? "Decansar" descontraidamente no cocuruto do telhado do pombal? Corridas desenfreadas pelo quintal? Piruetas? "Lutas" de brincar a toda a hora? Um "assalto" estratégico a tudo quanto seja comida, se estiver "à mão de semar" ? Ronronar no sofá, a meu lado? "Turrinhas" nas minhas pernas? "Pedir" cócegas nas barriguinhas ? Acordar o dono às "oito da madrugada" com pancadinhas na porta do quarto e miaus "doces" ? Os gémeos têm a "resposta na ponta da lingua" !... 
Posso parecer um chato - e sou, quando gosto de pessoas e ...outros animais. E de coisas também...
- Uma flor é uma "coisa"? E um miau?

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

... na verdade, as "fadas" existem!

Aconteceu neste Natal,  
para surpresa  de quantos assistiram à "metamorfose" da Nônô, 
com  as suas asas,  
ao jeito de uma fada, 
das que nascem com elas, 
as asas.
E se não for verdade, 
que as  fadas não existem, 
e se  existem não têm asas, 
quebra-se o encanto de quem ganhou asas, 
a Nônô, 
e de quem as imaginou  coladinhas às costas da Nônô - a tia Rita.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

"Hoje é dia de ser bom (...) "


António Gedeão
*****
Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Espelho meu, espelho meu...

É suposto associar o Natal à família. Sendo a minha composta de filhos, respectivos consortes e netos (pessoas felizes, "bonitas por dentro e por fora"), nada melhor do que ilustrar o tempo de agora com os meus, partes inteiras de mim.
"Espelho meu, espelho meu: há alguém mais feliz do que eu"?

sábado, 10 de dezembro de 2016

Solitária, a flor, num prado verde

O sol continua primaveril, para meu gosto. 
Há verde, muito verde a cobrir as terras  que estão em pousio; aqui e além surgem florinhas solitárias amarelas, brancas e outras  em tons de vermelho. Em comum têm o pequeno tamanho
Solitária,  a flor, num prado verde...
Levei a lente da câmera fotográfica ao limite do zoom e fiquei com uma imagem "gigante", bela, muito bela -tão bela que assumo a partilha ao jeito de quem oferece um "miminho" natalício.
Feliz Natal

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Basta um pouco de sol e é primavera

As paredes da minha casa têm  70 centímetros de largura. A sala, no verão, é "refrigerada" - é aqui que me sinto bem, longe do sol que entra pela janela. 
Há mais de meio século, neste local, existia uma porta que dava acesso à oficina  de carpinteiro do avô Pereira; agora, a porta de entrada da casa fica no outro extremo da  sala, que ficou enorme depois das obras, já lá vai um bom par de anos...
Quando chega o frio, altero a disposição dos moveis  e coloco o meu sofá virado para a abençoada janela por entra o sol, como agora. 
- Basta um pouco de sol e é primavera.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

O segredo do "negócio dos passarinhos"

A sabedoria do povo faz progredir adágios “virais” enquanto o “diabo esfrega um olho”…
É certo e sabido que o “silêncio é de ouro”, “quem anda à chuva, molha-se” - e podia continuar sem limite nas palavras, ao sabor da imaginação. Sim, imaginação - somos todos “imaginativos”, “idiotas” (pessoas com ideias, nada de pejorativo…), “treinadores de bancada”, etc e tal…
Sendo  “o segredo  a alma do negócio”, o melhor é não contar a ninguém que recebemos herança abastada de uma “tia que nunca vimos” (quando for o caso, é bom de ver…).
Ontem aprendi outra, que vai dar ao mesmo, ao segredo como alma do negócio:
- “Não se pode mostrar o ninho, se não ficamos sem os passarinhos”!
Por mim, vou dar asas ao sorriso quando me calhar em sorte o euromilhões! Quero o “ninho” só meu, muito meu!
E os passarinhos, idem!
Pois…

domingo, 27 de novembro de 2016

Nônô, a "princesa"


Foi o domingo espécie de dia  familiar. O nosso Benjamim Kiko, integrado na equipa do Lousanense, veio jogar à capital do (meu) concelho,  e a família não podia deixar  de o apoiar. A mana Nônô teve outros afazeres na Academia de Bailado, chegou mais tarde, por isso não viu o "golaço" que o Kiko marcou de livre direto - um "tiro" certeiro, e o guarda redes nem viu a bola passar!
Depois do almoço, um passeio pela vila. 
Junto a uma montra estava uma bicicleta linda de ver, enfeitada com flores; à "pintura" faltava um elemento importante - e a Nônô logo ali, ao jeito de um ou dois cliques...
"Perfeito", disse eu - e disse bem, não disse?

terça-feira, 22 de novembro de 2016

"Terroristas" silenciosos



Foi dia de apanhar a azeitona da “quinta”, que é enorme para os cuidados que lhe dou, quando dou - quer dizer, dou, claro, mas pago a quem o faça por mim…
Vieram os dois compadres e ajudantes, a faina ia de “vento em popa”,  e a seguir ao  “mata bicho”, saí para cumprimentar o “ti” Abílio, o seu compadre, mais  conhecido por Vedor, e os restantes jovens trabalhadores. Pelas minhas contas, as oliveiras não davam grande maquia, mas os compadres, em coro, disseram que ainda tinham qualquer coisinha e que valia a pena o esforço de estender as maranhas, varejar as árvores, ensacar os frutos e, para não deixar para depois, limpar as oliveiras – para o ano é que vão carregar, diz o compadre Vedor. Se ele o diz, acredito…
De regresso a casa, com um clique leio o “Público” e passo os olhos pelas primeiras páginas dos outros jornais, como sempre faço todas as manhãs...
Quando olhei para o relógio, era quase meio-dia, horas de preparar o almoço - qual almoço? Não tinha nada à mão, e descongelar o que quer que fosse dava para tarde…
Solução: uma omelete de fiambre, pronto, “já está”!
Cuidadoso com a frigideira, mais uma voltinha à omelete, e outra, e outra - ei-la no prato, direitinha, fofa, à espera da salada… e dos meus dentes!
Entretanto, tocam à campainha…
Abri a porta - era a esposa do “ti” Abílio com um saco de dióspiros, dos de roer, os meus preferidos. Obrigadinho, disse eu, depois de lhe perguntar como ia de saúde, vou indo, sr Carlos, vou indo. Como sei que gosta, trago-lhe aqui meia dúzia de dióspiros, à tarde trago mais. Oh, não se incomode, mas agradeço. Os do ano passado eram bem bons, acrescentei - e eram! Não leve a mal, mas estou a tratar do almoço, os gatos ainda me vão à omelete…Vá, vá, precisa de ajuda? Não, obrigado, já está pronta - então, até logo…
- Abri a porta da cozinha ainda a tempo de ver os dois “terroristas” banquetearem-se com o  meu almoço…


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

... A "dois passos" de mim

A igreja de São Pedro, em Lourosa, com 1100 anos,

" (...) é uma das mais antigas de Portugal e é a «única igreja moçárabe em Portugal».
O espaço, caracterizado pela quase total ausência de imagens e pinturas, tem arcadas de pedra e a pia batismal original ainda se pode ver. No interior os arcos em ferradura recordam que os árabes dominaram a região entre o século XVIII e XI. Uma inscrição numa pedra remete para o ano 912. No exterior as sepulturas nas rochas também chamam a atenção".

domingo, 13 de novembro de 2016

É simples ser simples

Anda por aqui um homem a espalhar simpatia no olhar,

nos sorrisos,
nos gestos
- nos gestos das palavras.
As palavras, as palavras ditas por ele,
depois de feitas,
construidas,
letra a letra,
até parecem fáceis de articular.
É simples ser simples,
mesmo quando ele,
o Bispo de Coimbra,
cita os Evangelhos...
Anda por aqui um homem que fala de amor
- principalmente de AMOR.

sábado, 12 de novembro de 2016

Lembrar Renato Seabra...

O ano de 2016 está prestes a entregar a alma ao criador e Pedro Dias arrisca-se a ser a figura portuguesa mais badalada pelas razões   sobejamente  divulgadas - todas elas, as verdadeiras e as que não o são. Com o tempo,  as suas façanhas, depois de "recicladas", ficarão diluídas nas nuvens de todas as memórias  e é  bem possível que o sujeito envelheça numa  prisão psiquiátrica. Um dia, é capaz de andar à solta por aí - quem sabe?
A propósito de memórias: Renato Seabra, o assassino do Carlos de Castro em 2011 (lembram.se?), quem lhe traça o perfil de prisioneiro?  A estória macabra do crime hediondo talvez seja romanceada  numa  fita de cinema, à americana... 
- O eventual script de uma fita sobre  Pedro Dias é capaz de ter a assinatura do Correio da Manhã, o jornal...

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O "pobre" senhor louro

A memória tem os seus dias para ser folheada e hoje é um deles.
Por mais voltas que dê à “enciclopédia”, não recordo nomes de atores portugueses que tenham passado a políticos com algum sucesso, embora Nicolau Breyner tivesse andado perto de o conseguir em Serpa, onde nasceu. Lá por fora, da Cicciolina, eleita para o parlamento italiano em 1987, a Ronald Reagan, presidente dos EUA entre 1981 e 1989, há imensa gente que viajou da arte do entretenimento para a política, como agora: um senhor louro, verdadeiro "self-made man", com gosto requintado quando se trata de escolher dama de companhia, prepara-se para governar o povo americano.
A Casa Branca, desta vez, vai ter uma "presidenta" interessante de se ver: a senhora Melania, 24 anos mais nova que o senhor louro, seu marido, que tem mais ou menos a minha idade - um "jovem ", claro!
O "pobre" senhor louro é um sortudo.
- E os  americanos idem, aspas,aspas. Ponto.

sábado, 5 de novembro de 2016

- "Na falta de noiva..."

Gravatas,  talvez meia centena   as que tenho adormecidas  no guarda fatos. Raramente uso uma que seja, perdi-lhe o jeito...
Fatos completos, quatro, mas apenas um serve de disfarce à barriguinha, pronto a vestir se  "for urgente" cumprir o protocolo de qualquer ato solene. Dos atos solenes fujo a  sete pés - perdi-lhe o jeito...
Ainda no guarda fatos tenho dois  jaquetões "muito jeitosos" e outro tipo de casacos, igualmente jeitosos que brilham com  a minha coleção de calças de ganga  - uso e abuso das ditas, ganhei-lhe o jeito...
Desta vez, foi necessário cumprir o protocolo na receção ao  Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, durante a sua  visita pastoral à Comunidade Interparoquial da Serra do Açor e Vale do Alva.
Vesti o fato completo e usei  gravata - escolhi uma das que guardam memórias de momentos únicos  e cidades cosmopolitas, como Lisboa, Jerusalém, Paris, Berna, Toronto...
"Prontinho da Silva", arrumado  numa camisa em tons de azul, nem parecia eu - eu, sim, sem as inseparáveis calças de ganga...
Telefonei  a  dizer  que chegaria tarde e preveni  as senhoras lá da secretaria que se preparassem para o "susto":  iria aparecer enbonecado, ao jeito de um noivo de Sto António,  gracejei...
A Dília,  com  "elevadíssimo sentido de humor", soltou uma gargalhada e sugeriu, "gentil":
- Na falta  de noiva, está ali fora uma  "simpática velhinha, viúva"... 
Se não fosse cá por coisas, tinha mudado a fatiota.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Travessura de "meter medo"

Acordar  no silêncio da noite com um terramato sonoro dentro de casa é uma travessura de meter medo - e se for  no dia das bruxas, não há cabelo que  assente na careca  de quem a tem. 
Sempre ouvi dizer  que as bruxas existem, sim senhor; ao "vivo" nunca vi nenhuma, Isto é: já fui enfeitiçado por bruxinhas simpáticas, outras lindas de morrer  (há feitiços assim, que "matam" os incautos...), mas  bruxas a "sério", cavalgando  vassouras de  piaçaba, dessas nunca vi, nunca - juro!
Ora, na noite anterior, vésperas da "Feira dos Santos" aqui no meu sítio, por volta das duas, cá em casa, caiu o "teto do mundo"  com o som contínuo de uma campainha, bem mais grave e barulhento que o despertador do rádio que tenho na cozinha - pensei eu. Nada disso: o rádio mantinha o silêncio, pelo sim, pelo não,  desliguei-o da corrente, mas o horror daquele som irritante, doido, doido, continuava a massacrar-me o corpo inteiro e não apenas  a cabeça, tremeliques, tiques tiques, meio desorientada (a cabeça...).
Ah - a campainha! Pois claro, a campainha - era a campainha, uma travessura de bruxas (ou bruxos...) que se passearam na noite no cumprimento de um ritual moderno, importado. 
Abri a porta da rua e dei de caras com  a arma do crime: um palito a pressionar o botão da dita cuja campainha!!!
Pudera, assim também  eu - também  eu era capaz de  travessuras anónimas, a coberto do escuro, sem direito a ser corrido  com palavrões que eu cá sei - todos sabemos! -, em bom português.
Desta vez não tive  alternativa: fiquei com a travessura, que trocava de bom grado por uma mão cheia de doçuras, das que tinha para dar aos bruxinhos da  escolinha do Caracol ao Sol.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Beija - flor

(...) O Brasil é um país que me seduz por múltiplas razões.
“Sei” de um colibri que suga o néctar das flores pairando no ar com as asitas em frenética velocidade, como todos fazem; este rodopiou uma, duas vezes, à volta da “primavera” e quase a beijou, como se fosse flor. Será – é! – uma imagem romântica, como outras que poderia surripiar da obra do poeta Mário Quintana, por exemplo, mas basta esta para ilustrar a poesia do gesto.
Obviamente, não é só o “beija-flor” que me fascina naquele país irmão. Pouco amante da arte do samba, prefiro a dança do futebol, aprecio a paisagem “africana” de que tenho saudade, e o quentinho do clima – outra saudade, agora ainda mais sentida pelo contraste do frio que vai fazendo por cá (...). 
- Saudades da “primavera” brasileira, isso sim!
*
Pedaço da croniqueta  publicada  em março de 2009, intitulada "Insónias e Pesadelos"

domingo, 16 de outubro de 2016

"A última aula” de Randy Pausch

(...) Dizer que estou “moderadamente feliz” implica assumir que, apesar de tudo, alguns pensamentos preocupantes estão adormecidos e talvez despertem, “travestidos em fantasmas”, antes do primeiro sono. Se isso acontecer, conto carneiros – dizem que é remédio santo para adormecer –, é melhor do que somar fantasmas. Acordar depois de uma noite de sobressaltos, não augura nada de bom para as primeiras horas do dia seguinte, o que não impede de sonhar com um bonito dia, mesmo que o céu esteja tapado por nuvens negras e a chuva persista, teimosa…
“Não podemos escolher as cartas que nos são distribuídas, a nossa liberdade reside em saber jogá-las” – Randy Pausch, professor de Ciência Computacional.
Morreu no dia 25 Julho, 2008, com 46 anos, vítima de um cancro no pâncreas
Aconselho vivamente a leitura da “ A última aula”.
-
Pedaço de um texto publicado em 2009 no blog "estórias de trazer por casa"

sábado, 15 de outubro de 2016

O gatinho pechisbeque

Encontrei no sótão   um gatinho  catita, peça rara de pechisbeque com honras  de se mostrar às pessoas pela graça da pose...
Depois de um banho com sabão azul  (mentirinha minha, o sabão - verdade, sim, o banho...) deixei-o a secar no parapeito da janela da cozinha. Gosto do "bichano" mas não tenho intenção de lhe proporcionar outra visibilidade que não esta, na cozinha.
Os manos "Tico e Teco" andam por aí, correm que nem o campeão Obikwelu e praticam wrestling  "muito a sério".
Desta vez, nada de correrias nem de lutas  "muito a sério":  o "Teco" decidiu fazer  companhia ao gatinho catita, triste e só no parapeito da janela. Do "Tico" nem sinal -  certamente dormia a sesta na cama da "tia" Rita...
Há coisas que  só visto ... com  uma câmera fotográfica.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Fausto Correia “dixit”…


António Guterres, um humanista secretário-geral da ONU
*****
Houve um tempo em que os afazeres profissionais me aproximaram da cúpula do Partido Socialista. Certa vez, Fausto Correia (infelizmente “adormecido” no Oriente Eterno), falando de António Guterres, de quem era particular amigo, acrescentava pormenores às suas qualidades pessoais. Quando em viagem, dizia Fausto Correia, Guterres preferia a companhia da música clássica a qualquer outro estilo; e se fosse à conversa com alguém da sua simpatia, fixava  o nome e jamais lhe esquecia o rosto…
Um jantar partidário  com o líder socialista proporcionou  palavras de ocasião, seguindo-se  conversa  mais longa sobre questões técnicas   relacionadas  com  as intervenções  dos oradores agendados para o serão…
Dois anos passados, num comício realizado no Jardim da Sereia, em Coimbra, António Guterres aproximou-se  do palco, de forma  cordial cumprimentou quem estava por perto com um “boa noite a todos”, e quando passou por mim  estendeu-me a mão:
- Olá,  Carlos Ramos, como está ?
Fausto Correia  “dixit”…

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Um pequeno "truque"


Todos os militares portugueses que "deram o corpo às balas" em África, como foi o meu caso, recebem uma vez por ano um pequeno "bónus" em euros. A "gorgeta" deste ano amortizou os custos de um pequeno brinquedo que "alonga" o olhar vinte vezes, diz a Sony, e acrescenta outros "truques". Pelos vistos, é verdade !...

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Doutrinar o "Tico" e o "Teco"

Cá por casa, quem partilha as emoções  do futebol através da TV sou eu. A família ocupa o tempo com outros gostos, e ainda bem (quer dizer: o Carlo também é "doente"...).
Eu,  refastelado no sofá, procuro não perder pitada da jogatina em dia de Benfica ou da seleção. O Bemfica "porque sim", é coisa minha, vem de  criança; já a seleção ... é obrigatório  "torcer" pela equipa  do país que somos.
Ontem, de passagem pelo ecrã, fiz pausa no jogo que o  FCP disputou com o Leicester. Para meu espanto, o "Tico e o Teco"  terminaram  de imediato com a "guerra  de almofadas" e  ficaram presos ao jogo!
As "crianças" são assim,  curiosas - agora tenho de as "doutrinar". Não vá o "diabo tecê-las"...
... Vai ser uma trabalheira que  nem vos conto!


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

(...) Liberdade, liberdade, quem a tem chama-lhe sua (...)


O casal "Y" vendeu a casa, comprou uma autocaravana e fez dela residência permanente aqui, ali - em qualquer lugar do seu agrado. Agora regressou a "casa", ao Barril de Alva, para uns dias de sossego na Área de Serviço e Pernoita para Autocaravanas  - visita que repete pelo "gosto de gostar" das pessoas, do espaço e da paisagem que os olhos alcançam: "aos pés" corre o Alva, ainda calmo; a roda de alcatruzes descansa das voltas sem fim e a represa, sendo provisória, não tarda, é removida. Para a semana o rio, liberto de amarras, altera a sonoridade das suas águas. 
O casal "Y" faz da sua autocaravana residência permanente e continua por cá, em casa ...

domingo, 18 de setembro de 2016

Dizem que pedalar faz bem ao corpo e à alma...

Não sou de madrugar, deito-me tarde na noite - (quase) sempre fui da noite no exercício da profissão onde labutei décadas de música, de entrevistas e reportagens - criei hábitos que mantenho. Madrugar, sim, quando o  ponteiro das horas passa das oito. Depois desço ao rés do chão, trato do pequeno almoço   e fico na excelência da companhia da  Smooth FM...
Hje, domingo, alterei ligeiramente o horário da  (minha) manhã e fui ver passar os "corredores" de BTT que participaram na prova que  a Associação Águias do Açor levou a efeito pelos caminhos da minha freguesia. Cedo, muito cedo, abalei para o Urtigal dos meus encantos e por lá fiquei para (mais) um passeio solitário, mas não muito  -  a  "estereofonia" das águas do Alva não deixa ninguém assim, solitário...
Vieram os "corredores", os primeiros em velocidade  "supersónica", depois  os outros, os que que não cuidam de vitórias - ganhar é chegar ao fim, participar, "ver e olhar" a passagem com deleite. Dizem que pedalar faz bem ao corpo e à alma...
Na área  de descanso e abastecimento  nem todos os atletas  olharam o rio durante a pausa, que era de liberdade total - até para ouvir o Alva, quando salta o caneiro,, primeiro, e depois, serpenteia por entre os seixos de bom tamanho...
Disseram-me que  havia três senhoras  na prova "BTT AXOR". Uma das damas entendeu que sim, que era tempo de fazer uma pausa - e fez, sorriso rasgado. "Advinhei-lhe" o prazer do momento...
Dizem que pedalar faz bem ao corpo e à alma...
- É verdade, "GM"?

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

TZ 70, se calhar...


Quando apareceu no mercado a câmera da Panasonic TZ 60, comprei-a. Fascinado com as possibilidades de fotografar  coisas e pesoas à distância  de centenas de metros com algum pormenor, ou à distância de  centimetros com grande pormenor, meti-a no bolso e andei por aí, feito "artista". Fácil de operar,  fotografei uma libelinha em repouso, ao alcance da mão,  e a minha antiga escola primária de muito, muito longe - mais  de um quilómetro em  linha reta!
Dizia de mim para mim que era uma máquina excelente para quem viaja muito, como o Hugo, entre cá  e lá, no estrangeiro, em serviço ou merecido descanso. Vendi-lhe a TZ 60...
Entretanto surgem novos modelos, a TZ 70 e 80. Recolhidas  as informações possíveis, que apontam para a excelência  das imagens da 70,  pesquisei preços e  dei de caras  com uma loja virtual, a  "Redcoon", que oferece a "gentileza" do pagamento de   duzentos de sessenta e nove euros à troca deste modelo!  Uma pechincha, pensei - e tenho andado em visitas frequentes ao site da marca, na esperança da disponibilidade do "brinquedo"...
Há meses que leio: "Em stock dentro de 1 semana " !
Qual semana?
...A não ser que a semana não tenha "comprimento" definido, o que é uma grande chatice para acertar o (meu) calendário...

terça-feira, 6 de setembro de 2016

"...A infinita benção do recomeço"

Mal chegou a primavera, vieram as pequenas ávores,
carvalhos franceses e outras - mais de setenta!
O trabalhador contratado para a plantação destas espécies é pessoa conhecedora da arte,
com anos de experiência que lhe conferem o grau de "mestre".
Um pouco de adubo, terra solta, água quanto baste e os cuidados do "mestre" garantiam o crescimento das plantas em vários centimetros - e mais, e mais, a ponto de, em pouco tempo, alterarem a piasagem da encosta sobranceira ao rio.
Era o esperado, desde que não faltasse água nas raizes dos carvalhos,
dos pinheiros do "Oregon" (?)
e dos medronheiros.
Nos primeiros meses, seria assim: água, muita água, pelo menos uma vez por semana...
Lindos de ver, cresceram os carvalhos,
os pinheiros
e os medronheiros.
Como esperado.
Um dia de calor tórrido, outro e outro - três dias assim, assassinaram os carvalhos e alguns pinheiros!
Agora, crescem as mimosas,
talvez em homenagem a Hiram Abiff, construtor do templo de Salomão...
Não tarda, outros carvalhos franceses, 
pinheiros do "Oregon" (?) 
e mais medronheiros com
"(...) novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço..." - Chico Xavier.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

...Foi então que descobri Coimbra

(... ) E havia o campo de futebol, bem junto ao jardim da Sereia, o Santa Cruz, para onde corria sempre que a ausência de um ou outro professor o permitia. Se havia jogo combinado, aprendi com os outros: fazia gazeta à última aula!...
Na casa ao lado daquela onde morava,  rua Dr. João Jacinto, havia um lar de raparigas, das crescidas, adiantadas nos estudos. Certa noite, acordei com o som das guitarras; depois, uma voz timbrada de homem feito trouxe aos meus ouvidos estranha melodia . Foi então que descobri Coimbra nunca vista pelos olhos da alma de um "puto"de dez anos, nascido e criado na aldeia...
-
Excerto do texto publicado em maio de 2012

domingo, 28 de agosto de 2016

“Confraria das minis” – já!



(...) Agora, na “reforma” das grandes viagens, país fora, passeio a solidão do Toyota pelas redondezas e confiro, com pena, que nada mudou na noite estival, onde incluo as “minis da alegria”, espécie de “religião” com milhares de fiéis seguidores.
Estranho que não houvesse a lembrança de uma “confraria”, onde os confrades publicitassem as “minis” em gestos rituais – e há tantos, os gestos, com que se confunde o prazer de uma cervejinha bem fresquinha com o exagero de concursos onde não faltam asas à imaginação, ao estilo do caminho mais curto para uma valente bebedeira!
Proponho com urgência o registo no notário da “confraria das minis” – já!
-
Excerto de uma croniqueta publicada em  agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Agora, eu...




Agora, eu...
É de mim ser assim, "fotógrafo ambulante" a  pregar partidinhas aos banhistas cá de casa - depois, o sorriso a dizer sentimentos e a falar felicidade pela companhia de todos,  filhos e netos - e dos amigos dos netos!
Por mim,  vinham numa carreirinha: cada semana uma família, e eu tinha sempre a casa cheia de sorrisos em agosto! Como são cinco, os filhos, cinco as semanas (de agosto) , entende-se  a minha "matemática"...
... É urgente mandar cortar o cabelo, eu sei - talvez lá para o mês
que vem,  Agora não tenho tempo, só sorrisos...

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Quem "se/tenta"...

É de mim ser gentil e procurar pelo diálogo os  consensos fundamentais numa relação pacífica. Quando tal não é possível, ausento-me e remeto-me ao  silêncio, embora triste  com os gestos e palavras   de um/a qualquer  "pequeno/a" ditador/a". Quem se/tenta  não deve  desperdiçar  energias...
....
Editei a palavra "qualquer"...


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

"Putos ranhosos"

Nunca fui  de simpatias com "putos ranhosos" ("putos" crescidos, é bom de ver - dos "putos" crianças sem qualidades de higiene por perto tenho pena, lamento que assim seja...) e se os trago à baila nesta croniqueta curta e despretensiosa  é para não lhes chamar (aos "putos ranhosos" crescidos...) outra coisa.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Por razões óbvias...



São milhares os veraneantes  que andam por aqui, pelo meu sítio - pelo país inteiro! 
Férias, são férias, com ou sem pequenos/grandes excessos, importa "carregar baterias", que o inverno logo vem - e o Carnaval idem, aspas, aspas. Pena que não seja no verão, o Carnaval, por razões óbvias...
Melhor do que um Carnaval, o melhor é ter dois "carnavais", por razões óbvias...
Por mim, escolho o verão como a melhor época para  brincar ao Carnaval. Por razões óbvias...

domingo, 7 de agosto de 2016

Cidade em agosto




...Por aqui, o meu sítio virou cidade!
Com quatro praias fluviais de se lhe tirar o chapéu, não admira que assim seja. Depois de Agosto, volta a calmaria. E  as conversas das "comadres", na praça,  também...
De hoje a uma semana há Carnaval a sério, com a participação da  escola de samba "Sócios da Mangueira". Nem mais!
Apareçam...

sábado, 30 de julho de 2016

O Jorge, claro!...

O Jorge é um jovem protésico dentário de sucesso. 
O seu laboratório ganhou fama em pouco tempo, daí que o Jorge não tenha mãos a medir. Estou contente por ele (e pelos pais)...
Tempos atrás tive  necessidade de recorrer ao "meu" dentista, o dr. Nuno (outro profissional brilhante!), e combinámos resolver  parte do meu problema dentário "...daí a uns dias".
Não foi possível cumprir o estipulado (faço mea culpa...); bastantes dias depois, sim,  procurei auxílio, mas o dr. Nuno estava de férias...
- Vai ao Jorge,  ele resolve-te o problema - aconselhou  um amigo.
O Jorge, claro!...
Como não pensei nesta solução? 
Telefono ao Jorge e conto a  (minha) estória.
Diz o Jorge:
- Pois, o dr Nuno está de férias, mas está de volta  para a semana. Não leve a  mal,  eu e ele temos um acordo profissional e eu cumpro a minha palavra - espere mais uns dias, por favor. Depois tratamos do seu caso...
Além de  profissional qualificado e competente, o Jorge é Homem de caráter!
...Para a semana, marco vez  no consultório do dr. Nuno, em Oliveira do Hospital, e falo do Jorge.
Há dias assim, com "jorges dentro"...

sábado, 23 de julho de 2016

Telma Monteiro: “ Na vida com Garra”

Enquanto não me decido por uma chuveirada reconfortante depois de alguns trabalhos ligeiros no jardim, ocupo a mente com as notícias na TV.
Obviamente segui com algum pormenor a barbaridade de um louco em Munique e fiquei a saber que, hoje, são homenageados os antigos presidentes da República Cavaco Silva e Mário Soares - tema perfeitamente secundário e sem qualquer importância  no resto das nossas vidas, os  tugas. Já a loucura do jovem assassino não me descansa os sentidos; “amanhã” pode acontecer o  mesmo  “filme num cinema perto de mim”  e eu, confesso, abomino toda e qualquer violência, física ou verbal…
...Violência não tem nada a ver com a força física e mental da Telma Monteiro, judoca campeã que acabo de ouvir na “Alta Definição” da SIC. A atleta passou em revista grande parte da sua vida, emocionou-se com determinadas memórias, mas o que retenho da entrevista são os argumentos que utiliza para cumprir os seus objetivos!
Agora percebo o título do seu livro, recentemente editado: “ Na vida com Garra”.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

"Padrinhos", precisam-se!

São quatro as "crianças" que a  Satori trouxe ao mundo - três "meninos" e uma "menina".Lindos, lindos como a mãe,  com traços da raça "Bosque da Noruega".  
As "crianças"  ainda não abriram os olhitos, comem e dormem - crescem a olhos vistos!
Sendo a Satori um animal irrequieto, capaz de subir para  qualquer tipo de armário, amante  das caçadas inglórias (sorte dos passarinhos que lhe fogem do caminho...), é uma agradável surpresa entender como desempenha o seu papel de mãe, sempre "prestável" e presente - não "arreda pé" da marquise que lhe foi reservada como "suite"...
Mal espreitem o mundo, haverá uma "cerimónia pública" para que  possamos dar as boas vindas aos recém nascidos..
"Padrinhos", precisam-se!

terça-feira, 12 de julho de 2016

Tchaikovsky antes do jogo



Faz tempo, imenso tempo, que não assistia num “teatro a sério” a um espetáculo de excelência como “O Lago dos Cisnes”, organizado e apresentado pela  Academia de Bailado da Lousã.
Fui pela Nônô, uma “princesa malmequer” do bailado - personagem que lhe assenta que nem luva por ser, de facto, uma princesinha encantadora. Palavra de avô!
A graciosidade da Nônô e de todos os outros “cisnes” levou muitos espectadores (eu incluído) ao encantamento das emoções. Linda a festa daquela tarde domingueira - tão linda, que os aplausos não “tiveram fim”…
À hora certa chegou a bola, Portugal contra a França, luta de titãs. Sobre o jogo não é necessário acrescentar rigorosamente nada, já foi tudo dito. Parabéns aos milhões que somos, representados no talento, crença e sacrifício dos nossos atletas.
Viram a joelhada com que o jogador francês “atirou ao tapete” o Ronaldo? O Quico, atleta menino do Lousanense, foi aos arames:
- Deviam fazer o mesmo ao Griezmann - era a raivinha do Quico, da boca para fora, tal qual o avô (eu), danado num desabafo:
- Rua, “sô” árbitro. Isto é um assassino!
Apaziguador, o pai Carlo deitou água na fervura, que aquilo não foi propositado, coisas da bola, etc e tal. Pois…

domingo, 3 de julho de 2016

A tee shirt cor de rosa

No ajuntamento dos participantes no passeio não dei conta da sua presença. Nem durante o percurso por caminhos mal amanhados, poeirentos.
Sem vocação física para este tipo de desporto (as caminhadas) que, afiançam, é excelente para a saúde, participo no papel de “aguadeiro” e caça retratos - uns melhores que outros, outros assim, assim. Dito isto, acrescento que a viatura 4X4 que tenho à disposição faz parte das minhas “caminhadas”. Ponto.
A paragem para o abastecimento de água e peças de fruta foi demorada quanto baste, tempo suficiente para olhar com algum pormenor o cansaço de quem se atrevia a tanto andar. Rostos cansados, mas sorridentes; tentando ser gentil, deixava palavras de estímulo, “está quase, falta pouco - quer mais uma garrafa de água”? Então, reparei na figura mediana, mas esbelta, da senhora da “tee shirt cor de rosa”…
A partir daqui integrei o grupo e caminhei…
Grandes e pequenos radiantes, sem mostras de cansaço, conversas soltas – muito mais soltas quando chegámos à “meta”…
Ao almoço continuei como “caça retratos” e cruzei o olhar com a senhora da "tee shirt cor de rosa”.
- Posso? - perguntei…
- Quer que faça pose? - disse ela, sorrindo bonito…
Retribuí o sorriso, fiz clique e guardei a imagem da figura mediana, mas esbelta, da senhora da "tee shirt cor de rosa”…
… Na próxima sou bem capaz de me fazer ao "caminho". Todos os caminhos são percorridos assim, caminhando...
Dizem que “caminhar faz bem à saúde", de preferência com companhia por perto...

terça-feira, 28 de junho de 2016

Um "bocado de mim"

Aperta o calor e a minha gente vai de férias. Aos paraísos  entre  muros, preferem outros longe daqui, embora reservem tempo para o regresso à serra - à "minha" serra! - quanto mais não seja para manter vivo o cordão umbilical que nos liga ao rio Alva, fonte de saudade de quem  vive longe...
Os rapazes  escolheram Cuba e  Suécia, e agora, diz uma das filhotas, "...talvez  vá ao México"! 
Como fazem férias repartidas, ainda sobra  mundo para descobrir, incluindo a (nova) mini praia do Urtigal, aqui ao lado. Aposto que vai ser o  "local de sonho" de todos eles e respectivas caras metades...
(Isto sou eu a dizer, pelo gosto de gostar deste "bocado de mim"...).

domingo, 26 de junho de 2016

Por ser domingo...

Por ser domingo,  volto às teclas para desenfastiar  de uma semana, como a anterior, cheia até  ao cocuruto  da última madrugada, Descanso das andanças por aí, dos festejos do S.João, que terminam lá para o fim da tarde de hoje, da caminhada solidária, festival de tunas, e das obras no pequeno paraíso que é o (meu) Urtigal.
Não me queixo   do físico nem  dos neurónios que já não são o que eram, coitados. As minhas queixas vão inteirinhas para o resultado da extração  de um canino que me deixou a bochecha esquerda  anda mais à esquerda,..
Desta vez, caro doutor (Nuno),  a coisa não foi pacífica - até parece que levei um valente sopapo, logo eu que não sou de violências...

sábado, 18 de junho de 2016

Finalmente, sábado!

Na esperança de um fim de semana solarengo, a chamar pelo verão que tarda, estou no sábado por minha conta e risco - fico pelas tarefas domésticas, "(...) coisas de gaja" ,  diz quem recebe  as minhas lamúrias, embora eu acrescente, como remate de conversa, que a dita (conversa) se limita à constatação de uma realidade, nada sexista, sim senhor. 
Isto de dizer e fazer coisas que certos "machões" empurram  para as obrigações femininas  não faz parte da minha filosofia "democrática". No  caso,  a não ser eu, só as minhas gatas poderiam dar uma ajuda na limpeza da casa, o que recusam por omissão. Falo, falo, mas nada - pelo contrário, todos os dias "nascem pelos" em tudo quanto é sítio. Coisas de gatas, claro...
Dizia:  estou no sábado por minha conta e risco. Assim, tento (?)  esquecer a semana  que passou, cheia como um ovo  de pequenas e insignificantes  chatices (mas emocionalmente desgastantes...) no desempenho de funções na autarquia do meu sítio. Contentar os "fregueses", satisfazendo  os seus direitos, é como se  uma moeda tivesse  apenas essa face, a dos direitos.  Todas as moedinhas têm dois lados, "direitos  e obrigações", mas ...
O que vale amanhã é domingo, dia de marchinhas populares - é mais uma oportunidade para "marchar" com as minhas obrigações de autarca. 
Hoje fico-me  pelos meus direitos,  por ser sábado...


quarta-feira, 15 de junho de 2016

"Casa da Eira"


Serra do Açor, "Casa da Eira" na Mata Nacional da Margaraça. - local de inspiração do historiador José Mattoso

domingo, 12 de junho de 2016

"Somos uns tristes" (...)

Graça Sampaio - com a devida vénia.

http://picosderoseirabrava.blogspot.pt/2016/06/somos-uns-tristes.html

(...)  A história sobre o navio histórico, encontrado nos mares da Namíbia e foi notícia da cadeia de televisão americana “Fox News” esta quinta-feira (...)

"Casa da Eira"


Serra do Açor - "Casa da Eira" na Mata Nacional da Margaraça., local de inspiração do historiador José Mattoso

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Mais árabe que judeu

Atravesso um tempo de memórias, umas minhas, outras de ouvir dizer aos "antigos". Nada de preocupante, digo eu  que sou sujeito de me amarrar  a lembranças com gente dentro, principalmente quando se trata de paixonetas da adolescência, ou então, de ouvir dizer sobre as minhas origens  beirãs com sangue judeu, afiançam uns, outros  dizem  ser boato, árabe talvez...
Nada preocupado com a minha árvore genealógica, recordo  a semana que passei em Jerusalém no ano de  1979. Um dos companheiros de viagem, durante a visita ao mercado árabe, teimou que vestisse uma túnica - fiz-lhe a vontade, o vendedor ornamentou-me  a preceito, e como eu usava barba inteira, fiquei à semelhança  do homem da  loja. 
- Tal e qual, nariz e tudo - diziam os meus parceiros de viagem. O vendedor sorria, e num inglês "macarrónico" concordou com  a opinião  dos "tugas"  que me acompanhavam. Pois, mas não fez negócio com a túnica...
Aparentemente, esta estória não tem nada a ver com paixonetas, mas tem, aconteceu mesmo, é minha por mérito de uma paixão que, nesse tempo,  era "secreta"  aos olhos da Imprensa cor de rosa da época.
... Em 1985 nasceu  a Ana Rita.

domingo, 5 de junho de 2016

Dia da Ponte

"Dia da Ponte"

S. Simão é o santo padroeiro do Barril de Alva, o meu sítio, mas o grande evento popular da aldeia acontece pelo  S. João. Em tempos idos, a festa era de arromba. Agora nem tanto.
Como as memórias não se apagam, as pessoas insistem na festa, que é diferente desse passado distante, até na paisagem: no local não havia restaurante nem parque de autocaravanas - havia, sim, o “parque de merendas”, que permanece alindado para continuar a receber o povo…
No domingo, “Dia da Ponte”, o ritual da merenda, com animação garantida pela Filarmónica, ainda mexe com as emoções dos mais velhos, onde me incluo mas sem grandes méritos nos folguedos.
Bonito, bonito era antigamente …
Vinham as pessoas de cá e de fora, muitas da zona de Almada, com as merendas em cestas; vinha a banda, o fogueteiro trazia os foguetes, a senhora que vendia tremoços também não faltava. Idem, idem para o tinto morangueiro, e a festa subia na tarde, sem hora certa para o final, à noitinha, depois do despique foguetório com Vila Cova de Alva, na margem esquerda do rio Alva, que fazia da capelinha de S. João de Alqueidão, sobranceira ao rio, local de romaria.
Depois dos comes e bebes, cumpridas as tradições, estrada fora, a Banda afinava “A Marcha do Barril”, e as pessoas com balões ao alto afinavam na letra: “Lá vai o Barril / lá vai engraçado / lá vai o Barril…”!
As gargantas ainda entoavam outras cantiguinhas que, hoje, estão praticamente esquecidas, ao contrário da “Marcha”. Esta, por exemplo:
“Lindas moças, faces rosadas / caras tão lindas são sempre amadas / vamos para a festa da nossa ponte / que linda tarde ao pé da fonte”.
Este ano, o “Dia da Ponte”, que encerra os festejos Sanjoaninos, é no próximo dia 26.
Como sempre, toca a Banda e o povo canta:
- “Lá vai o Barril / lá vai engraçado / lá vai o Barril…”

Fico-me pela rama das lembranças - quem as tem bem vivas e inteiras é a “ti” Cacilda, a Clarinda, a Clara, a Fernanda Castanheira e mais umas “raparigas” daqui, do meu sítio.


sábado, 4 de junho de 2016

Eu, aqui...


(...) Disse o principezinho:
-  Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
Disse a raposa:
- É uma coisa muito esquecida. Significa "criar laços" (...)
Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Verão, S. Pedro (de Lourosa)...

Finalmente um dia de verão!
Como andava com a "candeia  às avessas" com S.Pedro, é chegada a hora de fazermos as pazes, por isso decidi fazer uma visita à Igreja Moçárabe de Lourosa, a dois passos do meu sítio, e, de viva voz, agradecer-lhe este tempinho de agosto, que é quando o verão bate com força nos felizardos com direito a férias. Pois.
A Igreja bem merece uma visita, pelas suas características únicas.
O "dono do tempo" é capaz de gostar de me ver na " sua casa"...

*****


(...) A construção da igreja de Lourosa pertence à época de Ordonho ( ? ) rei da Galiza ( seguramente Garcia I, 911 - 914 ). A igreja de Lourosa é a única de estilo moçárabe existente em Portugal. Todos os estudiosos que se têm ocupado do seu estudo atribuem o ano de 912 à sua construção, data mencionada em uma inscrição que nela se encontra. Lourosa, a vila onde se ergue a velha igreja, fica ao sul do Mondego, na região onde vêem morrer as derradeiras ondulações dos contrafortes ocidentais da Serra da Estrela (...)
-
Saber mais:
http://historia-portugal.blogspot.pt/2013/11/a-igreja-de-lourosa-912-estilo-mocarabe.html






segunda-feira, 30 de maio de 2016

A "culpa" é minha, confesso...

À mesa éramos dezoito!

Disse a Carla:
- A "culpa" é tua !
Digo eu:
- Sortudo, eu, pela excelência dos meus filhos e suas metades, como "avisei" aqui: http://calbertoramos.blogspot.pt/2016/05/como-se-constroi-um-arranha-ceus.html


(...) "À Carla, quando nasceu, acrescentámos Manuela, nome da mãe. 
O Carlo (e não Carlos...) tem  Nuno no nome. 
Entre os dois há uma diferença de um ano e dois dias nas certidões de nascimento. 
Ambos são quarentões, mas pouco. 
Os dois têm dois filhos pela mesma ordem de nascimento: primeiro veio o menino, depois a menina. Gonçalo e Mariana, Francisco e Leonor.
Ambos são Fonseca Ramos, como a Ivânia e o Hugo...
A Rita,  primeiro é Ana e assina  Bravo, com   Ramos no fim . É trintinha  no cartão de cidadão e ainda não me deu netos...
Os cinco têm as suas metades, lindas por fora, maravilhosas e encantadoras  por dentro.
... E assim se ergue um arranha céus com vista  panorâmica para o futuro".
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Nota
Diz a Carla,  senhora das arquiteturas, que " (...) a diferença entre a Carla e o Carlo é de 1 ano menos 2/3 dias! Entre 17 e 19 de maio, ficamos os dois da mesma idade".
Pois ... dias 17, 19, menos 2/3 dias - "é só fazer as contas..." - foi o que a Carla fez! :-)...