segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sonoridades






Tenho quarenta minutos para escolher as palavras com que espero construir esta croniqueta, certamente curta, longa nas pausas não programadas – depende das emoções partilhadas com o mágico (Antoninho) Travadinha que faz “ (…) soar a sua rabeca de forma nunca ouvida (…)”, embalando-me com mornas e coladeras fora de horas.

Quarenta minutos é a soma do “tamanho” das melodias interpretadas pelo mestre, masterizadas em CD.

Cabo Verde festeja a sua independência e é pelas memórias de África que caminho nestes quarenta minutos de deliciosas sonoridades: Cesária Évora, primeiro, agora Travadinha, inigualável, “(…) como só ele sabe tocar (…)” o seu violin du Cap Vert  - palavras de João Freire, ao jeito de comentário sobre a curta obra discográfica do mágico da rabeca.

 Das minhas memórias de África guardo as de Moçambique, ao  sabor da irreverência da juventude...

Tenho a alma cheia das “marrabentas” do conjunto João Domingos, mas o que me faz falta é o piano do Renato Silva e a guitarra do Mário, dos Night Stars, rapazes do meu tempo, com quem convivi alegremente fora e dentro dos palcos, como “testemunha esta preciosidade” fotográfica…
Só por hoje, sou cabo-verdiano…