segunda-feira, 27 de novembro de 2017

“Chuva Crioula” - nome do livro


“(…) os olhos verdes como os de uma onça negra”
“(…) se fosse mais clara, seria branca; um pouco mais escura, seria negra”







“Chuva Crioula” (1972), romance de José Mauro de Vasconcelos, escritor brasileiro, estava esquecido na prateleira sem que  a minha memória lhe desse vida. De "fio a pavio", desta vez, a leitura não teve parança - nem quando faltava  a eletricidade cá por casa, que  isto de  fios, cabos, disjuntores, transformadores etc e tal, por via do incêndio de outubro, anda tudo colado com "cuspo"..
Porém,  “O Meu Pé de Laranja Lima”, do mesmo autor, garantiu  a imortalidade da (...) "história de um meninozinho que um dia descobriu a dor..." e é, sem dúvida, o seu romance mais conhecido e premiado.
É através desta obra que J.M. de Vasconcelos passa a fazer parte  do meu restrito grupo de escritores  “amigos”, daqueles que  nunca nos deixam - ou  nós nunca deixamos de ter por perto, por mais voltas que possamos dar à vida -  na solidão de leituras intimistas.
No escaparate, além deste romance de José Mauro de Vasconcelos, ainda reservo para leitura posterior “Barro Blanco”, publicado em 1948, e o celebrado “O Meu Pé de Laranja Lima”, de 1968, para o reencontro com a candura do meninozinho.
Volto ao que me trouxe ao  telex: "Chuva Crioula", cognome de mulher e protagonista de enredo  literário  produzido com o engenho e a arte do escritor brasileiro.
Alguns de nós, homens tisnados pelo sol africano e adolescência a condizer, por certo estivemos perto de uma “Chuva Crioula” semelhante à que José Mauro de Vasconcelos inventou - quem sabe, com direito a namorico ...  
A “Chuva Crioula” que me “enfeitiçou” em 1968, em Inhambane, Moçambique, em tudo se assemelhava ao modelo escolhido por J.M. de Vasconcelos. Só não tinha “(…) os olhos verdes como os de uma onça  negra” - eram azuis!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Acordar "vivo"

Quinze - 15! - dias sem internet!
Milhares de  metros de cabo  da PT queimados! Reposição sem data marcada.
Dizem que  os incêndios  do passado dia  15 de outubro  tiveram mão criminosa. Hum...
Garanto que de "herói" tenho pouco, quase nada, mas naquela tarde/noite fui "bombeiro, sapador, aguadeiro - "peguei o bicho pelos cornos"! As chamas, loucas, loucas, subiram a encosta e bateram-me à porta sem convite. 
Eu, "herói improvável" - quem diria?
Não fora a gentileza do Hugo e  continuava "off", longe das palavras, das imagens - agora,  com o router da  HUAWEI, deixo de estar limitado aos três "gigas" da MEO e dou notícias, sinal de que estou vivo, quero dizer: tenho "acordado vivo", o que não é mau de todo, digo eu, por seu EU o interessado na contabilidade dos (meus) outonos. Tempos houve em que  somava primaveras, agora não, somo outonos.
Entretanto, por "estar vivo",  ocupei-me de mim, do meu tempo.
José Rodrigues dos Santos : "A FÓRMULA DE DEUS" e "O SÉTIMO SELO". Quem não leu, deve ler.