terça-feira, 28 de junho de 2016

Um "bocado de mim"

Aperta o calor e a minha gente vai de férias. Aos paraísos  entre  muros, preferem outros longe daqui, embora reservem tempo para o regresso à serra - à "minha" serra! - quanto mais não seja para manter vivo o cordão umbilical que nos liga ao rio Alva, fonte de saudade de quem  vive longe...
Os rapazes  escolheram Cuba e  Suécia, e agora, diz uma das filhotas, "...talvez  vá ao México"! 
Como fazem férias repartidas, ainda sobra  mundo para descobrir, incluindo a (nova) mini praia do Urtigal, aqui ao lado. Aposto que vai ser o  "local de sonho" de todos eles e respectivas caras metades...
(Isto sou eu a dizer, pelo gosto de gostar deste "bocado de mim"...).

domingo, 26 de junho de 2016

Por ser domingo...

Por ser domingo,  volto às teclas para desenfastiar  de uma semana, como a anterior, cheia até  ao cocuruto  da última madrugada, Descanso das andanças por aí, dos festejos do S.João, que terminam lá para o fim da tarde de hoje, da caminhada solidária, festival de tunas, e das obras no pequeno paraíso que é o (meu) Urtigal.
Não me queixo   do físico nem  dos neurónios que já não são o que eram, coitados. As minhas queixas vão inteirinhas para o resultado da extração  de um canino que me deixou a bochecha esquerda  anda mais à esquerda,..
Desta vez, caro doutor (Nuno),  a coisa não foi pacífica - até parece que levei um valente sopapo, logo eu que não sou de violências...

sábado, 18 de junho de 2016

Finalmente, sábado!

Na esperança de um fim de semana solarengo, a chamar pelo verão que tarda, estou no sábado por minha conta e risco - fico pelas tarefas domésticas, "(...) coisas de gaja" ,  diz quem recebe  as minhas lamúrias, embora eu acrescente, como remate de conversa, que a dita (conversa) se limita à constatação de uma realidade, nada sexista, sim senhor. 
Isto de dizer e fazer coisas que certos "machões" empurram  para as obrigações femininas  não faz parte da minha filosofia "democrática". No  caso,  a não ser eu, só as minhas gatas poderiam dar uma ajuda na limpeza da casa, o que recusam por omissão. Falo, falo, mas nada - pelo contrário, todos os dias "nascem pelos" em tudo quanto é sítio. Coisas de gatas, claro...
Dizia:  estou no sábado por minha conta e risco. Assim, tento (?)  esquecer a semana  que passou, cheia como um ovo  de pequenas e insignificantes  chatices (mas emocionalmente desgastantes...) no desempenho de funções na autarquia do meu sítio. Contentar os "fregueses", satisfazendo  os seus direitos, é como se  uma moeda tivesse  apenas essa face, a dos direitos.  Todas as moedinhas têm dois lados, "direitos  e obrigações", mas ...
O que vale amanhã é domingo, dia de marchinhas populares - é mais uma oportunidade para "marchar" com as minhas obrigações de autarca. 
Hoje fico-me  pelos meus direitos,  por ser sábado...


quarta-feira, 15 de junho de 2016

"Casa da Eira"


Serra do Açor, "Casa da Eira" na Mata Nacional da Margaraça. - local de inspiração do historiador José Mattoso

domingo, 12 de junho de 2016

"Somos uns tristes" (...)

Graça Sampaio - com a devida vénia.

http://picosderoseirabrava.blogspot.pt/2016/06/somos-uns-tristes.html

(...)  A história sobre o navio histórico, encontrado nos mares da Namíbia e foi notícia da cadeia de televisão americana “Fox News” esta quinta-feira (...)

"Casa da Eira"


Serra do Açor - "Casa da Eira" na Mata Nacional da Margaraça., local de inspiração do historiador José Mattoso

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Mais árabe que judeu

Atravesso um tempo de memórias, umas minhas, outras de ouvir dizer aos "antigos". Nada de preocupante, digo eu  que sou sujeito de me amarrar  a lembranças com gente dentro, principalmente quando se trata de paixonetas da adolescência, ou então, de ouvir dizer sobre as minhas origens  beirãs com sangue judeu, afiançam uns, outros  dizem  ser boato, árabe talvez...
Nada preocupado com a minha árvore genealógica, recordo  a semana que passei em Jerusalém no ano de  1979. Um dos companheiros de viagem, durante a visita ao mercado árabe, teimou que vestisse uma túnica - fiz-lhe a vontade, o vendedor ornamentou-me  a preceito, e como eu usava barba inteira, fiquei à semelhança  do homem da  loja. 
- Tal e qual, nariz e tudo - diziam os meus parceiros de viagem. O vendedor sorria, e num inglês "macarrónico" concordou com  a opinião  dos "tugas"  que me acompanhavam. Pois, mas não fez negócio com a túnica...
Aparentemente, esta estória não tem nada a ver com paixonetas, mas tem, aconteceu mesmo, é minha por mérito de uma paixão que, nesse tempo,  era "secreta"  aos olhos da Imprensa cor de rosa da época.
... Em 1985 nasceu  a Ana Rita.

domingo, 5 de junho de 2016

Dia da Ponte

"Dia da Ponte"

S. Simão é o santo padroeiro do Barril de Alva, o meu sítio, mas o grande evento popular da aldeia acontece pelo  S. João. Em tempos idos, a festa era de arromba. Agora nem tanto.
Como as memórias não se apagam, as pessoas insistem na festa, que é diferente desse passado distante, até na paisagem: no local não havia restaurante nem parque de autocaravanas - havia, sim, o “parque de merendas”, que permanece alindado para continuar a receber o povo…
No domingo, “Dia da Ponte”, o ritual da merenda, com animação garantida pela Filarmónica, ainda mexe com as emoções dos mais velhos, onde me incluo mas sem grandes méritos nos folguedos.
Bonito, bonito era antigamente …
Vinham as pessoas de cá e de fora, muitas da zona de Almada, com as merendas em cestas; vinha a banda, o fogueteiro trazia os foguetes, a senhora que vendia tremoços também não faltava. Idem, idem para o tinto morangueiro, e a festa subia na tarde, sem hora certa para o final, à noitinha, depois do despique foguetório com Vila Cova de Alva, na margem esquerda do rio Alva, que fazia da capelinha de S. João de Alqueidão, sobranceira ao rio, local de romaria.
Depois dos comes e bebes, cumpridas as tradições, estrada fora, a Banda afinava “A Marcha do Barril”, e as pessoas com balões ao alto afinavam na letra: “Lá vai o Barril / lá vai engraçado / lá vai o Barril…”!
As gargantas ainda entoavam outras cantiguinhas que, hoje, estão praticamente esquecidas, ao contrário da “Marcha”. Esta, por exemplo:
“Lindas moças, faces rosadas / caras tão lindas são sempre amadas / vamos para a festa da nossa ponte / que linda tarde ao pé da fonte”.
Este ano, o “Dia da Ponte”, que encerra os festejos Sanjoaninos, é no próximo dia 26.
Como sempre, toca a Banda e o povo canta:
- “Lá vai o Barril / lá vai engraçado / lá vai o Barril…”

Fico-me pela rama das lembranças - quem as tem bem vivas e inteiras é a “ti” Cacilda, a Clarinda, a Clara, a Fernanda Castanheira e mais umas “raparigas” daqui, do meu sítio.


sábado, 4 de junho de 2016

Eu, aqui...


(...) Disse o principezinho:
-  Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
Disse a raposa:
- É uma coisa muito esquecida. Significa "criar laços" (...)
Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Verão, S. Pedro (de Lourosa)...

Finalmente um dia de verão!
Como andava com a "candeia  às avessas" com S.Pedro, é chegada a hora de fazermos as pazes, por isso decidi fazer uma visita à Igreja Moçárabe de Lourosa, a dois passos do meu sítio, e, de viva voz, agradecer-lhe este tempinho de agosto, que é quando o verão bate com força nos felizardos com direito a férias. Pois.
A Igreja bem merece uma visita, pelas suas características únicas.
O "dono do tempo" é capaz de gostar de me ver na " sua casa"...

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(...) A construção da igreja de Lourosa pertence à época de Ordonho ( ? ) rei da Galiza ( seguramente Garcia I, 911 - 914 ). A igreja de Lourosa é a única de estilo moçárabe existente em Portugal. Todos os estudiosos que se têm ocupado do seu estudo atribuem o ano de 912 à sua construção, data mencionada em uma inscrição que nela se encontra. Lourosa, a vila onde se ergue a velha igreja, fica ao sul do Mondego, na região onde vêem morrer as derradeiras ondulações dos contrafortes ocidentais da Serra da Estrela (...)
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Saber mais:
http://historia-portugal.blogspot.pt/2013/11/a-igreja-de-lourosa-912-estilo-mocarabe.html