quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Um sujeitinho que se julgava cocuana

... com um sinalzinho azul na testa, coisa rara!

Eu e o sinalzinho azul nascemos juntos no ano de 1945, algum tempo depois do fim da Segunda Guerra Mundial.
É fácil adivinhar a idade da minha “vetusta carcaça” e do sinalzinho azul...
Quando era rapazote, a professora Georgina e a mãe Natália, sobre a guerra, diziam coisas terríveis, e eu, só de ouvir, ficava aterrorizado. Deve ser por isso que me “transformei” em militante da Paz, solidário e fraterno “qb”…
Agora, em 2023, este sujeitinho é um cocuana que insiste na sua "militância psíquica" e dela não arreda pé… se a saúde mental se mantiver como está, relativamente ajuizada, por vezes trapalhona é certo, principalmente quando deixa no “tinteiro” nomes, datas, palavras e outras “ninharias” que faziam parte da meu fluente discurso. Ao que parece, já “não sei ler nem escrever, só soletrar (…)" por isso “preciso de ajuda” para me entender na qualidade de ancião, como determina a Organização Mundial da Saúde (OMS), que classifica o envelhecimento em quatro estágios:
- Meia-idade: 45 a 59 anos;- Idoso(a): 60 a 74 anos;
- Ancião: 75 a 90 anos;
- Velhice extrema: 90 anos em diante.
E é isto – eu, um sujeitinho que se julgava cocuana é... um ancião!

*
...Já agora, cito um poeta:
-“Quando morre um africano idoso é como se se queimasse uma biblioteca”. É com estas palavras que o poeta do Mali, Amadou Hampaté-Bâ, resume o valor atribuído ao velho na sociedade tradicional africana, cuja principal função é transmitir, oralmente, às demais gerações, a cultura e a sabedoria popular vividas no seio de cada comunidade”.

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